A recuperação da história deste clube em Santos e no Brasil se deve aos esforços de Douglas Bornir, que preparou o texto a seguir transcrito, e de Ary O. Cellio, que providenciou as imagens e remeteu o material a Novo Milênio.
“A história é a memória dos homens. Se um povo rompe os vínculos com o passado, está condenado a seguir às cegas na direção do futuro. O presente é apenas o fugaz intervalo do tempo, o átimo a unir o infinito que ficou pra trás, à eternidade que se estende adiante. É vital sentir saudades, guardar lembranças, conhecer a história, respeitar tradições, encorajar-se pelos exemplos, aprender com a experiência dos personagens de tempos pretéritos e manter a memória, como lição e advertência para o momento presente. A história dos fatos passados deve ser permanentemente retransmitida às novas gerações, pela voz de testemunhas sobreviventes, pelos livros, registros, fotos antigas, monumentos perenes, trechos de ruas, velhas fachadas do casario, papéis guardados, e pelos arquivos dos jornais, legítimas certidões de um tempo que as novas gerações devem conduzir em direção ao futuro.”
(Vicente Cascione, em Pontos de Vista, editorial de A Tribuna)
Os primeiros anos de vida da AABB, dadas as características próprias da fundação, foram os mais profícuos e até fáceis de se ler. À medida, porém, que os anos vão decorrendo – e esta narrativa segue rigorosa ordem cronológica – para não torná-la repetitiva e desinteressante, intercalamos alguns fatos principais da história do Brasil. Dessa forma, o leitor mais interessado poderá associar os acontecimentos ocorridos na Associação e no país, colocando-os na conjuntura que à época vivíamos.
Antes de passarmos aos fatos, dois nomes precisam ser lembrados. O primeiro é o de Paulo Pinheiro Werneck, um espírito empreendedor e batalhador incansável. Dele partiu a ideia da fundação de um clube que congregasse os funcionários do Banco do Brasil e suas famílias. Ocupou todos os cargos existentes na diretoria e, graças à sua pertinácia, viu o clube progredir e se firmar como um dos maiores da cidade.
O segundo nome é o de Nélson Ribeiro, nosso contemporâneo e grande colaborador da AABB. Historiador e bibliógrafo por excelência, foi o pesquisador dos primórdios do clube. A ele se devem os escritos feitos até 1953, quando a agremiação completou 20 anos de existência. Falecido em 1997, granjeou amigos por onde passou. São dele os elementos iniciais – e principais – desta história.
Trecho final da Avenida Ana Costa, junto à praia, cerca de 1940. À esquerda, o Parque Balneário.
Foto reproduzida do raro Calendário de 1979 editado pela Prodesan – Progresso e Desenvolvimento de Santos S.A., com o tema Imagens Antigas e Atuais
Início da década de 1930. O mundo vivia dias conturbados. O austríaco Adolph Hitler recebia a cidadania alemã, tornava-se chanceler e anunciava o III Reich. Logo depois, na Sociedade das Nações, rejeitava as propostas de desarmamento e assumiria o título de Führer. Ah! Se a humanidade soubesse…
Um pouquinho mais ao Leste, Antonio Oliveira Salazar implantava a ditadura em Portugal e Franklin Delano Roosevelt assumia a presidência dos Estados Unidos e iniciava o Novo Acordo (New Deal), um programa de reformas econômicas e sociais para amenizar as consequências da quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, que acarretou a falência de 9.000 bancos e 85.000 empresas. Isso resultou em uma redução dos salários em até 60% e o desemprego atingiu 13 milhões de pessoas.
Para amenizar esse quadro, Walt Disney retocava e preparava o lançamento do Pato Donald. Do lado de cá do Atlântico, grandes reformas estavam em andamento. O chefe do governo provisório do Brasil, Getúlio Vargas, criava o Ministério do Trabalho, estabelecia jornada de oito horas diárias e tornava obrigatória a Carteira Profissional. O novo Código Eleitoral instituía o voto secreto e concedia às mulheres o direito de votar e serem votadas. Tão logo se abafou a Revolução Constitucionalista contra Vargas, começaram os trabalhos de organização da Previdência Oficial.
Em São Paulo, o interventor Armando de Salles Oliveira estava às voltas com a 1ª greve de funcionários públicos da história brasileira. De outra parte, funda-se a Universidade de São Paulo (USP). Em Santos, os jornais abriam suas manchetes à visita do presidente da Argentina, Agustín Justo. Os cinemas da cidade exibiam A Vênus Loura, com Marlene Dietrich, Viver na Morte, com Douglas Fairbanks Júnior e Loretta Young, e Rasputin e a Imperatriz, com os irmãos Barrymore (John, Lionel e Ethel). O Santos Futebol Clube jogaria com o Fluminense, no Rio, e já estava escalado: Athié, Arlindo e Garcia; Agostinho, Moacyr e Alfredo; Victor, Camarão, Seixas, Giby e Lugu.
A Tribuna publicava o folhetim A Mãe dos Desamparados, e o café, nosso principal produto de exportação, movimentava o país, o estado e a cidade. O principal agente dessa movimentação era o Banco do Brasil.
Livre das amarras do aforamento dos jardins, o engenheiro civil Aristides Bastos Machado, prefeito nomeado, começava o ajardinamento da orla da praia, o que daria à cidade a feição turística que hoje ostenta. Os trabalhos começariam a partir do Parque Balneário Hotel. E foi ali que, em 1933, na confluência da Avenida Ana Costa com a Presidente Wilson, defronte à Fonte Luminosa do Gonzaga, erguia-se o Parque Balneário, um dos hotéis mais requisitados do país e do exterior. Um lugar de veraneio à beira-mar. Demolido em 1974, era conhecido pelo seu luxuoso cassino e seus grandes salões de festas, por onde desfilaram Xavier Cugat, Havaian Serenaders e o pianista argentino Robledo.
Seus lustres eram importados da Boêmia e os mármores, de Carrara. Os mais antigos devem lembrar dos passeios que, nas noites dos finais de semana, moças e rapazes faziam nas suas calçadas, ouvindo a música que vinha da Tropical Garden, uma boate ao ar livre erigida no centro de seus jardins.
O hotel dispunha de duas quadras de tênis, onde, para aliviar o cansaço de um dia de trabalho estafante, reuniam-se vários grupos de amigos para disputar partidas amistosas. Um desses grupos, que também alugava uma das salas do hotel, era composto por Paulo Pinheiro Werneck, Ambrósio Vieira Braga, Christiano Brasil Filho, João dos Santos Damin e Francisco Dantas Pimentel, funcionários da agência de Santos do Banco do Brasil. A eles se juntaram Adriano Costa, Durval Muylaert e Nair Duarte, não pertencentes aos quadros do banco.
Esses foram os responsáveis pela idealização, em fins de setembro de 1933, nas dependências do Parque Balneário Hotel, da fundação do Satélite Clube, que se concretizou dias depois, em 7 de outubro de 1933 – um sábado de tempo ameaçador, com chuvas – com a colaboração irrestrita dos cerca de 50 funcionários da agência de Santos.
Durante os três primeiros meses – de outubro a dezembro – o Satélite foi administrado por uma “Comissão Organizadora e Dirigente”, composta pelos cinco funcionários já citados. Após a elaboração dos primeiros estatutos, aprovados pela assembleia geral realizada em dezembro de 1933, procedeu-se à eleição da primeira diretoria do Satélite, com mandato de um ano e que estava assim constituída:
Presidente: Ambrósio Vieira Braga
Vice-presidente: Paulo Pinheiro Werneck
Secretário: João dos Santos Damin
Tesoureiro: Christiano Brasil Filho
Diretor Técnico: João Motto
Dois meses após, essa diretoria viu-se privada do concurso do presidente, do tesoureiro e do diretor técnico. Nessa contingência, Paulo Pinheiro Werneck absorveu as funções de todos os cargos vagos. Porém, na impossibilidade de prosseguir sozinho nas tarefas administrativas, convidou Oswaldo Brito Fernandes, Mário Pereira Crespo e Henrique Assis Bandeira para ajudá-lo a conduzir os destinos do clube.
Como se interpretou esses convites como medida discricionária – mesmo sob a alegação de os sócios terem sido cientificados através de comunicado afixado no quadro de avisos da portaria do banco – adveio a necessidade de se reformar os estatutos. Assim, os diretores em exercício renunciaram a seu mandato e, em 21 de julho de 1934, nova diretoria foi eleita:
Presidente: Ambrósio Vieira Braga
Vice-presidente: Flávio Alcoba Soares
Secretário: João Soares Neves
1º Tesoureiro: Paulo Pinheiro Werneck
2º Tesoureiro: Felisberto Menezes
Diretor Social: Henrique Assis Bandeira
Esportes: José Maria Gonçalves de Rezende
Os dois últimos logo renunciaram e foram substituídos, respectivamente, por Luiz Gonzaga Wilhena Morais e Newton Nora Carrijo.
O clube foi instalado em uma sede bastante deficiente, em uma sala junto à praça de esportes do Parque Balneário Hotel, onde existiam duas quadras de tênis em péssimo estado de conservação. Mais tarde, o clube alugou outra sala contígua, onde se jogava pingue-pongue e xadrez. As festas dançantes eram realizadas na Sociedade Humanitária, à Praça José Bonifácio.
Quando da fundação, faziam parte do grupo iniciador Adriano Costa, Durval Muylaert e Nair Duarte, que não eram funcionários do Banco, mas podiam pertencer ao quadro social, já que eram pessoas de comprovada idoneidade moral e amigos de funcionários. O clube tinha 13 sócios estranhos, com a contribuição de 10$000 (dez mil réis), e 8 sócios contribuintes, com a mensalidade de 5$000 (cinco mil réis).
Trajano de Castro Serra propôs e foi aprovado o aumento da mensalidade para 20$000 (vinte mil réis), e Luiz Gonzaga Vilhena Morais sugeriu, em assembleia, o desconto da mensalidade em folha de pagamento. Para isso, ao ser admitido no quadro social, o associado deveria autorizar o Banco do Brasil a fazer o respectivo débito.
Em 20 de setembro de 1934, realizou-se no Parque Balneário Hotel, à Avenida Presidente Wilson nº 111, a 1ª Assembleia Geral com 32 presentes, para apreciar a carta de Paulo Pinheiro Werneck, na qual ele renunciava, de forma irrevogável, ao cargo de 1º tesoureiro. Na ocasião, dizia-se que o clube havia assumido muitas dívidas, enquanto a diretoria se justificava, alegando que essas eram indispensáveis para a instalação e funcionamento do Satélite Clube.
A seguir, Paulo Pinheiro Werneck apresentou um amplo relatório de sua atuação à frente dos destinos do clube, sendo aprovado e recebendo uma salva de palmas e votos de louvor. A assembleia, presidida por Antonio Sérgio Ferreira Filho, gerente da agência de Santos, e secretariada por João Soares Novaes, empossou o 2º tesoureiro, Felisberto de Menezes, e rejeitou a proposta de elevar em 10$000 (dez mil réis) a mensalidade dos sócios que praticassem tênis.
A título de curiosidade, transcrevemos parte do relatório feito por Paulo Pinheiro Werneck, de onde se infere um resumo financeiro do clube desde sua fundação:
| Receita | Valor |
|---|---|
| 42 sócios funcionários a 10$000 cada | 420$000 |
| 46 sócios funcionários a 5$000 cada | 230$000 |
| 8 sócios funcionários a 3$000 cada | 24$000 |
| 13 sócios não funcionários a 10$000 cada | 130$000 |
| 8 sócios não funcionários a 5$000 cada | 40$000 |
| Total | 844$000 |
| Despesa | Valor |
|---|---|
| Aluguel, impostos, água/luz da sede | 596$000 |
| Aluguel do campo de futebol | 50$000 |
| Ordenado do empregado da sede | 150$000 |
| Guarda do material | 40$000 |
| Lavagem das camisas de futebol | 10$000 |
| Total | 846$000 |
O patrimônio inicial do clube era composto por uma radiola, um tapete congoleum, seis cadeiras de vime, três redes, uma cadeira de juiz, uma máquina de cortar grama, quatro cabides, arame farpado para cerca, quatro sacos de pó de tijolo, uma bandeira, duas dúzias de camisas para futebol, três bolas e um apito.
Trecho inicial da Rua do Comércio em 1922 (então chamada de Rua do Santo Antonio), junto à Praça Rui Barbosa (na época denominada Largo do Rosário)
Imagem enviada a Novo Milênio por Ary O. Céllio, de Santos/SP
Em 5 de dezembro de 1934, nas dependências do Parque Balneário Hotel, à Avenida Presidente Wilson nº 111, realizou-se, sob a presidência de Trajano de Castro Serra e secretariada por Alcindo Leite Pereira, a 2ª Assembleia Geral do Satélite. Nessa assembleia, foi eleita, por unanimidade, a seguinte diretoria, empossada em 1935:
Presidente: Flávio Alcoba Soares
Vice-presidente: Francisco Assis Orselli
Secretário: Pedro Andrade Netto
1º Tesoureiro: Diogo Álvares Salles
2º Tesoureiro: Felisberto Menezes
Social: José Lemos Nogueira
Esportes: Newton Nora Carrijo
Ao assumir a direção do clube, o presidente eleito encontrou-o em uma situação deveras melindrosa, oriunda de despesas onerosas, mas necessárias à instalação do clube. A receita mal cobria a manutenção e, como o patrimônio existente fora adquirido para pagamento parcelado, a orientação era, então, economia a qualquer preço.
A diretoria evitou ao máximo despesas extraordinárias, sendo essa atitude mal interpretada pelos associados, que queriam atividades sociais, como bailes, passeios, piqueniques, etc. Os frequentes pedidos de demissão provocaram a diminuição da receita, mas a diretoria manteve-se intransigente, pois aumentar os gastos seria levar o clube à derrocada.
A primeira providência foi recompor os débitos mediante acordo com os credores. A dívida elevava-se a 1:012$500 (um conto, doze mil e quinhentos réis), oriunda de diretorias anteriores. Francisco Dantas Pimentel foi nomeado diretor de tênis e, tendo em vista a demissão de Felisberto de Menezes, José Lemos Nogueira acumulou também esse cargo e abriu, no Banco do Brasil, em nome do Satélite, uma conta de Depósitos Populares.
Em novembro, foi aprovada a antecipação das mensalidades e da subvenção fornecida pela Matriz, o que permitiu o resgate das dívidas remanescentes. Em dezembro, por aclamação, formou-se uma nova diretoria.
Em 1936, a diretoria do clube foi composta por:
Presidente: Paulo Pinheiro Werneck
Tesoureiro: Domingos Andrade Vilella
Os demais cargos ficaram à escolha do presidente eleito. Na oportunidade, foi consignado um voto de louvor a Flávio Alcoba Soares pelo saneamento das contas do clube e foi aprovada a proposta para inaugurar, na sede do Satélite, o retrato do ex-presidente Ambrósio Vieira Braga, em reconhecimento pelos bons serviços prestados ao clube.
No final de junho de 1936, Paulo Pinheiro Werneck foi transferido para o Rio de Janeiro. A cidade maravilhosa, então capital da República, centralizava todos os órgãos federais, incluindo o Banco do Brasil, que tinha sua direção geral ali. Qualquer funcionário que almejasse uma carreira rápida ou se sobressaísse nas agências era requisitado para se transferir, quase sempre para funções comissionadas. Isso resultava em uma constante perda de funcionários e diretores das agências – e, por consequência, das AABBs. Com isso, uma nova diretoria foi eleita, com Flávio Alcoba Soares assumindo novamente a presidência.
Brasil – 1936: Luiz Carlos Prestes preparava uma rebelião político-militar para derrubar Getúlio Vargas e instalar um governo socialista, conhecida como Intentona Socialista. Contudo, foi descoberta, perseguida e Prestes preso. Sua esposa, a judia-alemã Olga Benário, foi entregue à Gestapo e morreu em um campo de concentração em 1942. Prestes ficou preso até 1945. Em Santos, a população era de 140.000 habitantes e o prefeito eleito era Aristides Bastos Machado.
Em 1937, o Satélite alugou por 25$000 uma sala à Rua do Comércio nº 15 – 2º andar, bem próxima à Praça Rui Barbosa, para a instalação da secretaria. Foram adquiridos, também, por 100$000, 500 quilos de pó de tijolo para conservação das quadras de tênis. Esse e outros materiais eram guardados no porão do Parque Balneário, o que motivava o estudo de um local mais adequado para o clube. Para as festas juninas realizadas no Santos Rink, foi depositado 100$000 em caução na City of Santos Improvements Co., garantindo o pagamento do consumo de luz. Outras despesas incluíam Jazz Cepp (500$000) e um regional (130$000).
Brasil – 1937: Baseado em um suposto plano comunista (Plano Cohen) para tomar o poder, divulgado pelo general Góis Monteiro, Getúlio Vargas, em um golpe de estado, implantou o Estado Novo, um regime autoritarista, centralista e corporativista. O novo prefeito de Santos, eleito em 1937, foi Antonio Iguatemy Martins Júnior.
Em 1937, o Satélite Clube fez sua primeira mudança, transferindo-se para a Avenida Floriano Peixoto nº 52, um sobrado defronte à Rua Marcílio Dias, a meia quadra da Praça da Independência. Com amplo andar térreo e quatro salas na parte superior, o local oferecia espaço suficiente para a biblioteca, a sala de reuniões, a da diretoria, o salão de jogos e ainda um local para o guarda-material sócio/esportivo. A aquisição de novos móveis, material de escritório e despesas com a mudança geraram um novo ônus para o clube.
Além disso, descobriu-se que o cobrador, além de receber uma comissão mensal pela cobrança dos recibos (aproximadamente 72$000), desviara 180$000 de forma fraudulenta.
Brasil – 1937: Foi criado o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) e o Conselho Nacional do Petróleo (CNP). O país avançava nas políticas sociais com a implantação de ampla legislação trabalhista. Lampião, o Capitão Virgulino, e sua companheira Maria Bonita foram mortos em Angicos, fazenda na região do Raso da Catarina, na divisa da Bahia com Sergipe. Antonio Gomide dos Santos foi nomeado interventor pelo governo federal.
Em 11 de maio de 1939, em assembleia presidida por Alcides Costa Guimarães e secretariada por José Accácio dos Santos e José Lemos Nogueira, foram aprovados os novos estatutos e alterada a denominação social do clube, passando de Satélite para Associação Atlética Banco do Brasil – Santos. Com a transferência de Flávio Alcoba Soares para o Rio de Janeiro, uma nova diretoria foi eleita, composta por:
Presidente: Hamleto Celso Lins e Silva
Tesoureiro: Leonel Credidio
Esportes: Djalma Pereira Maia
Social: Américo Teixeira Pinto
Secretário: Mário Guimarães P. Silva
Iniciaram-se os estudos para a aquisição de uma barraca de praia com as cores do clube. A inauguração da barraca, com chopes, refrigerantes e salgados, ocorreu em 1941.
Brasil – 1939: Foi criada a Justiça do Trabalho e surgiu o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), com o objetivo de vigiar ideologicamente os meios de comunicação. Em Santos, foi nomeado novo interventor pelo governo federal: Cyro de Athaide Carneiro.
Em 1940, o clube adquiriu uma máquina de escrever Underwood, novos uniformes para o futebol (camisa branca com escudo e calção azul), um fichário de madeira, um armário para a biblioteca, outro para as taças, e um quadro de avisos para a barraca, com a inscrição: “AABB – Privativo dos Sócios”.
Em maio, após assembleia geral ordinária, foi eleita nova diretoria, composta por:
Presidente: Hamleto Celso Lins e Silva
Secretário: Oswaldo Marques
Social: Antonio Ferreira Rodrigues
Esportes: Mário Riskallá
Tesoureiro: Antonio Jesus Maestre Alvarez
O Casino São Vicente, na Ilha Porchat, foi escolhido para a festa dançante comemorativa do 7º aniversário da AABB, por oferecer melhores preços do que o Casino do Monte Serrat. O clube também passou por uma nova mudança de sede, agora para Rua Marechal Deodoro nº 45, com aluguel mensal de 630$000 e caução de 200$000 relativos ao consumo de água e luz.
Brasil – 1940: Foi instituído o salário mínimo, juntamente com o imposto sindical. A população de Santos era de 165.000 habitantes, e o interventor nomeado pelo governo federal foi Antonio Gomide Ribeiro dos Santos.
Em 1941, o Satélite Clube fez uma proposta ao Hespanha Futebol Clube para a locação de sua praça de esportes, à Avenida Bartolomeu de Gusmão, por 750$000, compreendendo o campo de futebol, a pista de atletismo e a quadra de vôlei e bola ao cesto. No entanto, o convite do Segurança Atlético Clube para disputar uma partida de futebol foi recusado, pois a equipe estava fora de forma e desfalcada.
Em assembleia geral ordinária, realizada à Rua 15 de Novembro (parte dos fundos do Banco do Brasil, que dava frente para a Praça Mauá), foi eleita uma nova diretoria. No final do ano, Jacyro Macchi assumiu o cargo de secretário, dado que o titular foi transferido para o Rio de Janeiro.
Brasil – 1941: Para substituir as importações por produção local, uma estratégia favorecida pelas dificuldades da II Guerra Mundial, foi fundada a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda/RJ. Além disso, foi criado o Serviço Nacional da Indústria (Senai), destinado ao ensino profissional do menor operário.
Em 1942, a AABB recebeu uma carta de Alfredo Coelho, comunicando a aquisição do prédio onde estava instalada a sede social do clube e informando que não tinha interesse na continuidade da locação pelo valor atual. Até a resolução da pendência, o aluguel foi reajustado para 750$000. A composição da nova diretoria foi a seguinte:
Presidente: Elias Barbosa
Secretário: Jacyro Macchi
Tesoureiro: Raul Falcão
Social: Raul Rocha do Amaral
Esportes: João Evangelista C. Ribeiro
O clube se viu às voltas com nova mudança de sede, desta vez para a Avenida Bernardino de Campos nº 631 (aluguel: 550$000), um casarão assobradado próximo à Rua Euclides da Cunha. Esse casarão já foi demolido e deu lugar ao Edifício Caburaí. Em um gesto de apoio à campanha de guerra, a AABB cedeu todas as taças conquistadas pelo clube em disputas esportivas, desde sua fundação, para a campanha “Metais para a Vitória”, que visava reunir fundos para os esforços de guerra dos Aliados na II Guerra Mundial.
Em novembro de 1942, foi implantado o cruzeiro (Cr$), que valeria 1$000 (mil réis), e vigorou até janeiro de 1967.
Brasil – 1942: Navios mercantes brasileiros foram torpedeados por submarinos alemães no litoral, resultando em 652 mortes. O Brasil declarou guerra à Alemanha e à Itália, criando a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e enviando uma Comissão Militar Brasileira à Itália para acertar a participação do Brasil ao lado dos Aliados na II Guerra Mundial.
Em 1943, a diretoria da AABB ficou composta por:
Presidente: Elias Barbosa
Tesoureiro: Gilberto Ramos Ramalho
Secretário: Jacyro Macchi
Social: Vinicius Ferraz Machado
Esportes: João Evangelista C. Ribeiro
Em uma portaria ministerial (254, de 1º de outubro), a Diretoria de Esportes do Estado de São Paulo criou os Conselhos Deliberativos e Fiscais dos clubes, compostos por sócios eleitos em assembleia geral. O primeiro Conselho Deliberativo da AABB-Santos foi presidido por Fábio de Azeredo Coutinho e secretariado por Haroldo Silveira Costa. O Conselho Fiscal foi composto por Alcides Costa Guimarães, José Antonio Menezes, Adão Pereira Freitas, Carlos Orselli Sobrinho e Antonio Jesus Maestre Alvarez.
Além disso, a AABB adquiriu uma rádio-vitrola Lincoln, automática, de nove válvulas, no valor de Cr$ 5.700,00, para abrilhantar as reuniões sociais.
Brasil – 1943: Getúlio Vargas instalou a Fábrica Nacional de Motores (FNM), criou o Serviço Social da Indústria (Sesi) e entrou em vigor a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Em 1944, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Francisco Paula Jaguaribe
Tesoureiro: César Bustamante Coutinho
Secretário: Jayme Barros Saraiva
Social: Walter Dantas Ramalho
Esportes: Bento Ramalho Júnior
O clube fez uma solicitação ao Sr. Michel Alca, responsável pelo imóvel onde estava instalada a AABB, pedindo atenção para uma intimação feita pela Fiscalização Sanitária. Entre os eventos realizados durante o ano, destacam-se a festa campestre na A.A. Portuguesa, a excursão a Piracicaba e a vesperal dançante no Ilha Porchat Club.
A AABB iniciou sua vida esportiva oficial ao disputar pela primeira vez o Campeonato Santista de Voleibol (1ª Divisão), conquistando os títulos de vice-campeã das 1ªs turmas e campeã das 2ªs turmas. Os jogadores que representaram o clube foram: Raul Rocha do Amaral, Vinicius Ferraz Machado, José Ferreira, Octávio Lopes Neves, Haroldo Silveira Costa, Hélio Silveira Cysne e Gilberto Ramos Ramalho.
Brasil – 1944: O Brasil enviou o primeiro contingente de soldados para lutar na Itália, participando de batalhas importantes, como a tomada de Monte Castelo, a vitória em Castelnuevo e a participação na tomada de Montese. 25.000 homens foram enviados à Itália, com 430 pracinhas e 14 oficiais do Exército e 8 da Aeronáutica mortos.
Em 1945, elegeu-se a mesma diretoria do ano anterior. A A.A. Portuguesa propôs ceder seu campo gratuitamente à AABB aos sábados à tarde, caso 25 dos associados da AABB se associassem àquele clube. O espírito de cooperação prevaleceu, e a AABB teve o campo à sua disposição.
O novo estatuto da AABB, com Nélson Ribeiro como relator e Jorge Guedes Monte Alegre e Roberto Sasdelli como membros, designou ao bibliotecário a função de adquirir livros com a verba obrigatória de 20% sobre a subvenção concedida mensalmente pelo Banco do Brasil.
Brasil – 1945: Getúlio Vargas foi pressionado por ministros militares e renunciou à presidência. O ex-ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra, foi eleito presidente da República pelo PSD, com apoio do PTB. A população de Santos era de 185.000 habitantes, e os interventores nomeados pelo governo federal foram Lincoln Feliciano e Francisco Paino.
Em 1946, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Jorge Guedes Monte Alegre
Secretário: Roberto Sasdelli
Social: Nelson Ruiz Affonseca
Tesoureiro: Nélson Ribeiro
Esportes: Octávio Lopes Neves
O proprietário do imóvel da então sede da AABB deu um prazo de 90 dias para desocupação, pois havia adquirido o prédio para uso próprio. Aprovada a mudança imediata para a Praça Mauá nº 4 – 1º andar, uma vez que a Associação não tinha recursos para ocupar imóveis nas imediações da praia. O novo local era um salão onde estava instalado o Partido Democrata Cristão, na parte superior do prédio onde hoje se encontra o Café Carioca. Para custear as despesas com a mudança, a mensalidade foi reajustada para Cr$ 15,00.
Brasil – 1946: Foi promulgada uma nova Constituição (a 5ª) pela Assembleia Nacional Constituinte, refletindo a queda do Estado Novo, o início do período democrático e a derrota do nazi-fascismo na II Guerra Mundial. O interventor nomeado pelo governo federal foi Edgardo Boaventura.
Em 1947, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Roberto Sasdelli
Secretário: Nélson Ribeiro
Social: Antonio Alves Figueiras
Tesoureiro: Matteo Coscia
Esportes: Rodolpho Alonso Maestre
Bibliotecário: Benjamin J. Carvalho
Com a transferência para o Rio de Janeiro de Francisco Paula Alencar Jaguaribe, Jorge Guedes Monte Alegre assumiu a presidência do Conselho Deliberativo, com Joaquim Luiz Monteiro como secretário.
Brasil – 1947: Atendendo a reivindicações conservadoras, o general Dutra proibiu os jogos de azar e fechou os cassinos. Sob pressão dos Estados Unidos, rompeu relações com a Rússia, decretou a ilegalidade do PCB, fechou a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e interveio nos sindicatos. O interventor nomeado para a Prefeitura de Santos foi Rubens Ferreira Martins.
Em 1948, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Nélson Ruiz Affonseca
Vice-presidente: Nélson Ribeiro
Tesoureiro: Pedro Berjon Lopes
Social: Lycio Guimarães Kolhy
Secretário: Lauro Carjullo D’Almeida
Esportes: Joaquim Simões
Nesse ano, foram criadas as vice-presidências do Conselho Administrativo e do Conselho Deliberativo, com Lucien Bellot ocupando a última. O presidente era Roberto Sasdelli e o secretário, Pavel Martins. Pythágoras Bernardes de Oliveira assumiu como bibliotecário.
Foi criado o Jornal da AABB, que, em março de 1948, iniciou suas publicações. Posteriormente, em julho de 1950, o jornal foi transformado em revista bimestral, que se destacou pela qualidade de suas reportagens sobre a cidade, agitando os meios literários locais. O clube também concedeu o título de sócio honorário a Adão Pereira de Freitas, em reconhecimento pelos serviços prestados e pelas atenções dispensadas à AABB. Adão era pai do dr. Jair de Oliveira Freitas, médico da agência de Santos por muitos anos.
Brasil – 1948: O crescimento econômico passou a ser medido pelo Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de tudo o que o país produz. Foi fundado o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e criado o Tribunal Federal de Recursos (TFR). O prefeito nomeado para Santos, pelo governo estadual, foi Álvaro Rodrigues dos Santos.
Em 1949, a diretoria permaneceu a mesma de 1948, com uma única alteração: Pedro Berjon Lopes saiu da tesouraria e foi substituído por Oswaldo Pagliacci. O clube aprovou a locação de um imóvel à Rua Paraguai nº 149, quase esquina com a Rua Pasteur. O aluguel era de Cr$ 2.200,00, e o imóvel, que contava com garagem, seria usado para guarda do material esportivo e da barraca, além de servir de residência para um zelador que seria contratado. Como a AABB não dispunha de Cr$ 9.000,00 para os serviços de pintura e mudança, foi realizado um rateio entre os conselheiros, com empréstimos que seriam restituídos no menor tempo possível. Colaboraram no rateio:
Brasil – 1949: Sob o lema “O Petróleo é Nosso”, sindicatos, organizações estudantis e militares nacionalistas iniciaram a campanha pela nacionalização do petróleo. Os setores contrários incluíam parte dos empresários, políticos da UDN e do PSD, além da grande imprensa. O prefeito nomeado para a Prefeitura de Santos, pelo governo estadual, foi Rubens Ferreira Martins.
Em 1950, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Gentil Zanin
Vice-presidente: Hamleto Celso Lins e Silva
Secretário: Manoel Mateu Martinez
Tesoureiro: Godofredo Abreu Lima Neto
Social: Ibrahim Curi
Esportes: Augêncio Miranda
Em março, Gentil Zanin, necessitando ausentar-se da cidade para tratamento de saúde, pediu licença por tempo indeterminado. O Conselho Deliberativo decidiu deixá-lo como sócio honorário até o final de seu mandato. Ele foi imediatamente substituído por seu vice, Hamleto Celso Lins e Silva.
Em março, Gentil Zanin, necessitando ausentar-se da cidade para tratamento de saúde, pediu licença por tempo indeterminado. O Conselho Deliberativo decidiu deixá-lo como sócio honorário até o final de seu mandato. Ele foi imediatamente substituído por seu vice, Hamleto Celso Lins e Silva.
A AABB-Santos viveu um dos maiores acontecimentos de sua vida esportiva ao vencer o Banco Brasileiro de Descontos por 2 a 1 (gols de Berjon e Popo), no campo da A.A. Americana (atualmente no local do colégio Primo Ferreira), conquistando o título de campeã bancária de futebol, em torneio com 13 participantes, patrocinado pela Liga Santista de Futebol Amador.
Brasil – 1950: Getúlio Vargas foi reeleito presidente da República pelo PTB, com o apoio de Ademar de Barros, então influente político de São Paulo e do Partido Social Progressista (PSP). A população de Santos era de 200.000 habitantes.
Em 1951, as eleições para presidente e vice da AABB eram feitas por votação secreta do Conselho Deliberativo. As cédulas em branco eram distribuídas aos presentes, e os escrutinadores nomeados para contar os votos. Caso não houvesse nomes inscritos, votava-se livremente e, após a contagem, os eleitos eram avisados, geralmente no dia seguinte. Isso gerava algumas recusas, obrigando o Conselho a realizar novas reuniões.
Foi o que aconteceu com José Lemos Nogueira, que, ao declinar de sua indicação, obrigou um novo escrutínio, resultando na eleição de Eduardo Marques para presidente e Manoel Mateu Martinez para vice. Os demais cargos foram à escolha do presidente.
A AABB também se sagrou campeã do 1º Campeonato Bancário de Tamboréu.
Brasil – 1951: Getúlio Vargas tomou posse e enviou ao Congresso Nacional um projeto para a criação da Petrobras, uma empresa petrolífera estatal. Ele flexibilizou as relações sindicais e permitiu o retorno dos comunistas aos sindicatos. O prefeito nomeado pelo governo estadual para Santos foi Joaquim Alcaide Valls.
Em 1952, a diretoria da AABB ficou composta por:
Presidente: Ibrahim Cury
Vice-presidente: Nélson Ribeiro
Secretário: Lauro Carjullo D’Almeida
Tesoureiro: José Rodrigues
Social: Waldemar Carneiro da Silva
Esportes: Joaquim Simões
Foi criada a vice-presidência do Conselho Administrativo e do Conselho Deliberativo, com Roberto Sasdelli como presidente e Pavel Martins como secretário. Pythágoras Bernardes de Oliveira assumiu como bibliotecário.
A AABB fundou, em março de 1952, o Jornal da AABB, que posteriormente, em julho de 1950, se transformaria em uma revista bimestral. Essa publicação se destacou pelas bem cuidadas reportagens e agitou os meios literários locais.
Em 1952, a AABB concedeu o título de sócio honorário a Adão Pereira de Freitas, pelos serviços prestados ao clube. Adão era pai do dr. Jair de Oliveira Freitas, médico da agência de Santos por muitos anos.
Brasil – 1952: Foi inaugurado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e a geração de energia elétrica foi estatizada. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi criada. João Goulart foi nomeado ministro do Trabalho, Tancredo Neves para a Justiça e Oswaldo Aranha para a Fazenda. O prefeito nomeado pelo governo estadual foi Francisco Luiz Ribeiro dos Santos.
Em 1953, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Jorge Guedes Monte Alegre
Vice-presidente: José Lemos Nogueira
Secretário: Alfredo de Castro
Social: Lycio Guimarães Kolhy
Tesoureiro: Nélson Ribeiro
Esportes: Joaquim Simões
A AABB mudou sua sede para o Edifício Lutécia, um prédio de cinco andares, que foi demolido no final da década de 1970 e deu lugar a outro edifício onde hoje se encontra a agência Gonzaga do Banco do Brasil. Na época, a Rua Cláudio Doneux ainda não havia sido aberta.
Foram instituídas cadernetas sociais para todos os associados e a compra de molduras foi autorizada para acelerar a inauguração da galeria com as fotos dos presidentes.
A AABB, representada por Pavel Martins e Octávio Lopes Neves (e Gianuário Buongermino na reserva), sagrou-se campeã do I Torneio de Tamboréu de A Gazeta Esportiva.
Brasil – 1953: A Petrobrás foi criada por meio da Lei 2.004, monopolizando a extração e refino de petróleo. Em represália, os Estados Unidos cancelaram acordos de transferência de tecnologia, e empresas norte-americanas derrubaram o preço do café no mercado internacional. Greves por reajuste salarial atingiram 300.000 trabalhadores em São Paulo e 100.000 marítimos no Rio de Janeiro. O prefeito eleito foi Antonio Ezequiel Feliciano da Silva.
Em 1954, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Lycio Guimarães Kolhy
Vice-presidente: Haroldo Carlos Blank
Secretário: José Rodrigues Filho
Social: Bento Ramalho Júnior
Tesoureiro: Álvaro Rodrigues Alonso
Esportes: Luiz dos Santos
Em uma visita à cidade, Paulo Pinheiro Werneck, fundador do Satélite Clube, hoje AABB-Santos, foi homenageado e saudado por Jorge Guedes Monte Alegre. Na mesma época, foi aprovada a inclusão no time de futebol de dois jogadores que não pertenciam ao quadro de funcionários do Banco, devido à falta de elementos do clube com qualidades técnicas adequadas para as boas apresentações.
Aprovou-se também a aquisição de um projetor cinematográfico sonoro e a confecção de uma caixa de madeira fechada para proteger o aparelho de TV, evitando que fosse manipulado por pessoas não responsáveis.
Brasil – 1954: Gregório Fortunato, chefe da guarda presidencial, contratou um pistoleiro para matar o jornalista Carlos Lacerda, opositor udenista. No atentado, entretanto, morreu o major Rubens Vaz. Na manhã de 24 de agosto, Getúlio Vargas se suicidou no Palácio do Catete, e o vice-presidente, Café Filho, assumiu a presidência.
Vôlei de praia, em disputa com a equipe do Apolo, no 22º aniversário de fundação da AABB, em outubro de 1955
Imagem enviada a Novo Milênio pelo internauta Ary O. Cellio
Em 1955, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Roberto Sasdelli
Vice-presidente: Pedro Berjon Lopes
Secretário: Nélson Ribeiro
Tesoureiro: José Rodrigues Filho
Social: Alfredo de Castro
Esportes: Joaquim Simões
Lucien Bellot substituiu Alfredo de Castro, e Sebastião Marcos Velloso substituiu Joaquim Simões.
Nesse ano, José Schechtman, procurador do espólio de Moysés Schechtman, propôs à AABB a compra de um terreno na Avenida Ana Costa nº 442, medindo 22,5 m de frente por 60 m de fundos, e outro, com frente para a Rua Bahia, medindo 22,5 m x 40 m, pelo preço à vista de Cr$ 3.200.000,00. Como a AABB não dispunha dessa quantia, solicitou-se ao Banco do Brasil um adiantamento sobre futuras subvenções semestrais.
Na carta, endereçada ao presidente do Banco, dr. Alcides Costa Vidigal, a AABB detalhou o pedido de Cr$ 6.793.000,00, distribuídos da seguinte forma:
O Banco, de imediato, liberou Cr$ 3.700.000,00, e, no recebimento da correspondência, convidou-se os presentes a comparecer ao Cartório do 6º Ofício para assistir à assinatura da escritura de compra e venda dos imóveis situados no Gonzaga.
Brasil – 1955: Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da República pelo PSD, com João Goulart, do PTB, como vice. Alguns militares sugeriram uma manobra para impedir a posse, mas o general Henrique Teixeira Lott, ministro da Guerra, deu um golpe preventivo e garantiu a posse de Kubitschek. A população de Santos era de 230.000 habitantes.
Time de futebol no 22º aniversário de fundação da AABB, em outubro de 1955, vendo-se em pé, à esquerda, o presidente Roberto Sasdelli
Imagem enviada a Novo Milênio pelo internauta Ary O. Cellio
Em 1956, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Lycio Guimarães Kolhy
Vice-presidente: Hélio Silveira Cysne
Secretário: Paulo Alambert
Tesoureiro: Umberto Garófalo
Social: José Ferreira
Esportes: Décio Alberto Simão
Patrimônio: Dionísio Vivian Eiroz
Bibliotecário: Álvaro Rodrigues Alonso
A agência de Santos do Banco do Brasil contava com 260 funcionários, dos quais 230 eram associados da AABB. As receitas gerais da Associação foram:
O diretor de Patrimônio foi incumbido de promover gestões para a desocupação, pelo Departamento Nacional do Café, dos imóveis localizados nos terrenos adquiridos pela Associação. A intenção era proceder com a demolição e, com a construção de uma quadra para a prática de esportes, obter isenção de impostos municipais. Devido à falta de interesse dos associados, as aulas gratuitas de esgrima foram suspensas.
Brasil – 1956: Foi anunciado o lema “Cinqüenta anos (de progresso) em cinco (de governo)”, o Plano Nacional de Desenvolvimento, que priorizou os setores de energia, transporte e educação. A atração do capital estrangeiro favoreceu a implantação de um grande pólo automobilístico na região do ABC paulista. Foi criada também a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Inauguração do retrato de Lycio Guimarães Kolhy na galeria de ex-presidentes do clube
Imagem enviada a Novo Milênio pelo internauta Ary O. Cellio
Em 1957, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Alfredo de Castro
Vice-presidente: Jorge Guedes Monte Alegre
Secretário: Nélson Ribeiro
Tesoureiro: José Rodrigues Filho
Social: Ismário Mesquita Martins Silva
Esportes: Carlos Augusto Siqueira Cunha
Patrimônio: Pedro Sertek
Bibliotecário: Álvaro Rodrigues Alonso
Alfredo de Castro expôs detalhes de sua ida ao Rio de Janeiro e dos contatos mantidos com diretores do Banco, mostrando amplas possibilidades de aprovação de um empréstimo para o início da construção da quadra múltipla e da sede social. O clube também fez excursões à Bertioga (Colônia de Férias do SESC) e a Itanhaém (Colônia de Férias do CMTC).
A Revista da AABB, antes dirigida por Milton Teixeira, passou para as mãos de Daniel de Castro. A AABB solicitou à agência de Santos do Banco do Brasil a elevação do donativo mensal de 75 para 100 sacas de café, devido às despesas com a aquisição dos imóveis. As sacas de café, que eram financiadas pelo Banco no interior, eram submetidas à apreciação do Banco antes de serem armazenadas ou embarcadas para o exterior. As sobras eram ensacadas e posteriormente doadas à AABB.
Brasil – 1957: Iniciou-se a construção de Brasília, a futura capital do país, com projeto urbanístico de Lúcio Costa e edifícios governamentais projetados por Oscar Niemeyer. Localizada no centro de Goiás, sua construção demandou 41 meses. O prefeito eleito de Santos foi Sílvio Fernandes Lopes.
Em 1958, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Ismário Mesquita Martins Silva
Vice-presidente: Accácio Gama Antunes
Secretário: Paulo Alambert
Tesoureiro: José Rodrigues Filho
Patrimônio: Oswaldo Celso Novoa Leituga
Esportes: Joaquim Simões
Social: Joaquim de Mello Chaves
Bibliotecário: Álvaro Rodrigues Alonso
Estudava-se a construção de uma quadra múltipla (voleibol, basquete e futebol de salão) e também de um prédio de três andares, que contemplaria um vestiário completo, guarda do material e residência do zelador. O projeto também previa, na frente, voltado para a Avenida Ana Costa, a construção de um parque infantil. A planta foi submetida à Prefeitura Municipal de Santos.
Devido à elevação do aluguel para Cr$ 45.000,00 e à interdição da Prefeitura para bailes e reuniões por deficiências estruturais no prédio, a AABB planejava deixar o Lutécia e já procurava uma nova sede.
Brasil – 1958: As relações entre o Brasil e os Estados Unidos se estreitaram com a criação da Operação Pan-Americana (OPA). O país viveu um clima de confiança e otimismo, porém, apesar do crescimento econômico, os empréstimos externos e os acordos com o FMI resultaram em aumento da inflação e arrocho salarial.
Em 1959, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Ismário Mesquita Martins Silva
Vice-presidente: Diogo Nogueira Sampaio
Secretário: Paulo Alambert
Tesoureiro: José Rodrigues
Patrimônio: Milton Affonso dos Santos
Esportes: Carlos Augusto Siqueira Cunha
Social: Alberto Ferreira
Bibliotecário: Nelson Ribeiro
As fundações da nova sede foram iniciadas em janeiro, e em dezembro a sede provisória foi inaugurada. O prédio, localizado ao lado da piscina, hoje abriga os vestiários e é testemunha viva de todas as transformações que ocorreram ao longo dos anos. Em 31 de julho, com a construção ainda em andamento, realizou-se a 1ª reunião da AABB em instalações próprias. Durante as homenagens, o título de “Presidente Construtor” foi conferido ao presidente.
Foi contratada uma equipe de zelador e porteiro para a nova sede e autorizada a aquisição de um potente rádio de pilha para alegrar as manhãs de domingo na barraca de praia.
Brasil – 1959: Em dezembro, em Aragarças, Goiás, ocorreu uma rebelião de oficiais da Aeronáutica, rapidamente sufocada. O mandato de Juscelino Kubitschek chegava ao fim em meio a várias manifestações de descontentamento popular, com aumento no número de greves no campo e nos principais centros industriais.
Inauguração da sede, em outubro de 1959, com Basquete Dentistas x Advogados
Imagem enviada a Novo Milênio pelo internauta Ary O. Cellio
Em 1960, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Waldemar Carneiro Silva
Vice-presidente: José Rodrigues Filho
Secretário: Nélson Ribeiro
Tesoureiro: Paulo Alambert
Patrimônio: Milton Affonso dos Santos
Esportes: Antonio José Carvalho
Social: Roberto Gonçales de Rezende
Bibliotecário: Álvaro R. Alonso
Foi obtido, junto aos arquitetos Octávio Conceição Paiva, Aníbal Martins Clemente e Otacílio Rodrigues Lima, o anteprojeto de construção do edifício destinado à sede social. Também foi admitido Carivaldo Felix de Oliveira como zelador da sede.
A AABB conferiu o título de sócio honorário a Joaquim Inácio Cardoso, alto funcionário da Direção Geral, e a Carlos Cardoso, presidente do Banco, em reconhecimento ao deferimento de um donativo de Cr$ 4.500.000,00, destinado à construção da sede social. Também foram concedidos títulos de sócios laureados a Pavel Martins, Octávio Lopes Neves e Gianuário Buongermino (campeões santistas de tamboréu de 1953), além dos integrantes da equipe de futebol (campeã bancária de futebol de 1950), cujos feitos muito projetaram o nome da Associação.
Foi firmando contrato com a Warner Bros., RKO Arthur Rank e MGM para exibição de filmes, que começaram a ser projetados na sede do Edifício Lutécia.
Brasil – 1960: Brasília foi inaugurada, e Juscelino Kubitschek deixou o governo, deixando um grande legado de crescimento econômico – com média de 7% ao ano. Contudo, o governo também enfrentou desequilíbrio nas contas públicas e alta inflação. A população de Santos era de 263.000 habitantes.
Em 1961, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Waldemar Carneiro Silva
Vice-presidente: José Rodrigues Filho
Secretário: Nélson Ribeiro
Tesoureiro: Alexandra Farinella
Patrimônio: Roberto G. de Rezende
Esportes: Antonio José Carvalho
Social: Jóvio Dias Ferreira
Bibliotecário: Durval Cítero
Foi aprovada a planta do anteprojeto da sede, com a substituição do local da piscina (que teria 6×12 m) por um elemento ornamental. Para acompanhamento da obra, foi criada uma Comissão de Construção, composta por Waldemar Carneiro da Silva, Paulo Alambert e Alfredo de Castro. O construtor seria Arthur Guilherme Martinelli.
A AABB autorizou a publicação de um anúncio na imprensa de Santos e de São Paulo para convocação de firmas interessadas em empreitar mão-de-obra e material para a construção. Em novembro, Waldemar Carneiro da Silva renunciou à presidência e foi substituído por José Rodrigues Filho.
Brasil – 1961: Jânio Quadros tomou posse e defendeu uma política externa independente, adotando a austeridade econômica ditada pelo FMI, restringindo o crédito e congelando salários. Em um gesto inesperado, Jânio Quadros renunciou à presidência em 25 de agosto, e João Goulart assumiu após a reforma constitucional que estabeleceu o parlamentarismo. O prefeito eleito de Santos foi Luiz La Scala Júnior, mas devido a um acidente automobilístico fatal, foi substituído por José Gomes.
Equipe feminina da AABB santista disputa em maio de 1961 com a equipe da AABB carioca
Imagem enviada a Novo Milênio pelo internauta Ary O. Cellio
Em 1962, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Antonio José Mendes
Vice-presidente: Paulo Alambert
Secretário: Sylvio Ernani Tavares
Tesoureiro: Walmir Assis D’Antonio
Patrimônio: Jóvio Dias Ferreira
Esportes: Ney Carvalho Júnior
Social: Luiz Antonio Gomes Pinto
Bibliotecário: Durval Cítero
O novo presidente, Antonio José Mendes, era adepto da construção da sede dentro das bases estabelecidas no projeto inicial, incluindo a piscina. Após várias discussões e a apresentação de relatórios atualizados sobre custos e materiais, foi realizada uma votação secreta para decidir se a piscina seria construída ou não. O resultado foi um empate, com cinco votos a favor e cinco votos contra. O presidente do Conselho, Cândido Azeredo Filho, deu o “voto de Minerva” e decidiu pela supressão da piscina.
Durante as reuniões, Hélio Silveira Cysne, funcionário do Departamento de Engenharia do Banco do Brasil em São Paulo, compareceu frequentemente. Em outubro, o construtor comunicou o final das obras de fundação.
Brasil – 1962: Foi criada a Central Geral dos Trabalhadores (CGT), e o governo de João Goulart foi marcado por diferentes conflitos sociais e greves urbanas e rurais. O parlamentarismo, uma estratégia da oposição para manter o presidente sob controle, foi derrubado em um plebiscito nacional, com 80% dos eleitores votando pela volta do presidencialismo.
Em 1963, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Antonio José Mendes
Vice-presidente: Paulo Alambert
Secretário: Olympio Bastos Dias
Tesoureiro: Nélson Santos Silva
Patrimônio: Donato Malpighi
Esportes: Umberto Fernandes
Social: Luiz Antonio Gomes Pinto
Bibliotecário: Durval Cítero
Foi enviado um ofício à Srta. Maria Rosa de Aragão, agradecendo sua participação no concurso “A Mais Bela Esportista”, representando a AABB. Liderados por Aryldo Cândia Barbosa, 152 associados convocaram uma Assembleia Geral Extraordinária para discutir a questão da piscina, que havia sido suprimida do projeto original. Após vários apartes, foi realizada uma votação, e o resultado foi 97 votos a favor da construção da piscina. A decisão foi então encaminhada aos órgãos diretivos da AABB para imediata execução.
Brasil – 1963: O ano foi marcado por greves e insurreições, com a oposição acusando João Goulart de preparar um golpe comunista, especialmente após um grande comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, onde mais de 300 mil pessoas compareceram. A tensão no país aumentou.
A AABB COMEMORAVA 31 ANOS – Os veteranos do Banco do Brasil de Santos, que venceram os da capital – A Associação Atlética Banco do Brasil comemorava o seu 31º aniversário de fundação com a realização de eventos sociais e esportivos. A diretoria da simpática agremiação não esqueceu os veteranos do futebol e promoveu partida entre os do Banco de Santos e os da Capital. Imitando o glorioso e jamais igualado Santos Futebol Clube, os veteranos da AABB de Santos derrotaram os da Capital por 3 a 2. Na foto que publicamos estão os veteranos de Santos
Foto: reprodução, publicada com essa legenda na coluna A Tribuna nos anos 60 (publicada em 8 de outubro de 2005) mantida pelo jornalista Hamleto Rosato no jornal A Tribuna (página C-7), e referente ao dia 8 de outubro de 1964, uma quinta-feira
Em 1964, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Olympio Bastos Dias
Vice-presidente: Roberto Silvestre Ameleto
Secretário: Arany Pinto Ribeiro
Tesoureiro: Milton Tavares de Oliveira
Patrimônio: Erik Edgaard Andersen
Esportes: José Gilberto Sérvulo Cunha
Social: Jóvio Dias Ferreira
Barraca: Luiz Antonio Gomes Pinto
Em junho, todo o Conselho de Administração e o Conselho Deliberativo se demitiram, sendo substituídos por Paulo Alambert, na presidência, Antonio José Mendes e Milton Affonso dos Santos. Ao iniciar a concretagem da sobrelaje para a sustentação da água da piscina, o construtor, Dr. Arthur Guilherme Martinelli, sugeriu a consulta a técnicos especializados em piscinas, uma vez que a construção da piscina era questionada.
A piscina seria construída no corpo da sede, ocuparia dois andares de altura e seria voltada para a Avenida Ana Costa. Houve discussões sobre as dimensões reduzidas (12 x 6 m), o formato cônico e suspenso, a profundidade incompatível para crianças, e as despesas de manutenção que ela acarretaria. Mesmo com os questionamentos, o projeto da piscina continuou a ser debatido, e as paredes irregulares e a disposição cuneiforme da planta original permanecem visíveis até hoje.
Brasil – 1964: Em 31 de março, um golpe militar derrubou o governo de João Goulart, que se refugiou no Uruguai. Em 1º de abril, foi declarada vaga a presidência da República, e as autoridades militares assumiram o poder. No dia 9, foi decretado o Ato Institucional nº 1, que cassava mandatos e direitos políticos. Em 20 de abril, o Congresso elegeu o general Humberto de Alencar Castelo Branco para presidente. Fernando Hortalla Riedel foi nomeado prefeito de Santos pela Câmara de Vereadores.
Em 1965, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Severino Aguiar
Vice-presidente: Júlio de Castro Ória
Secretário: Edgard Ferreira
Tesoureiro: Dionísio Vivian Eiras
Patrimônio: Fábio Azeredo Coutinho
Esportes: Elias Jorge Afeche
Social: Umberto Fernandes
Bibliotecário: José Octávio A. Filgueiras
O Conselho Deliberativo foi composto por Jonathas Mattos Júnior, Mário Gonçalves Luz e Lauro Carjullo D’Almeida. Roberto Sasdelli foi agraciado com o título de sócio benemérito, em reconhecimento pelos serviços prestados à AABB.
Rubens Jesus Rodrigues assumiu a Tesouraria, substituindo Dionísio Vivian Eiras. O presidente, devidamente instruído com orçamentos e fotos do estágio atual da construção da sede, viajou ao Rio de Janeiro e obteve na Diretoria Geral um empréstimo destinado ao prosseguimento das obras. As parcelas do empréstimo anteriormente obtido começaram a ser pagas.
As sessões cinematográficas foram reativadas, com a troca da lâmpada do projetor de 700 watts por uma mais forte, de 1.000 watts, e a exibição da película O Diário de Anne Frank.
Brasil – 1965: O Ato Institucional nº 2 suspendeu as garantias constitucionais e estabeleceu o bipartidarismo. Os políticos se reagrupam, com a maioria indo para a Arena (do governo) e os demais no MDB (de oposição). A eleição presidencial passou a ser feita pela maioria absoluta do Congresso Nacional, em sessão pública e votação nominal. A população de Santos chegou a 300.000 habitantes, e o prefeito eleito foi Sílvio Fernandes Lopes.
Em 1966, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Rubens Assumpção Batalha
Vice-presidente: Flávio P. Amorim Filgueiras
Secretário: Antonio José Carvalho
Tesoureiro: Albino Leme do Prado
Patrimônio: Rubens Cabral
Esportes: Osmarino Antunes
Social: Hélio Gilberto Martins
Barraca: José Paulo Mauá
Com o aumento dos preços de material de construção e da mão-de-obra, e após a recusa da solicitação para o aumento das mensalidades, as obras da sede avançavam lentamente. A Direção Geral, consultada sobre a questão, autorizou o reescalonamento da dívida, condicionado ao aumento das mensalidades, de Cr$ 2.000 para Cr$ 5.000 (em 1964, o centavo foi abolido).
Foi feito um levantamento pelo Banco que apontou que existiam 268 AABBs espalhadas pelo Brasil.
Brasil – 1966: O Ato Institucional nº 3 estabeleceu a eleição indireta para governadores dos Estados pelas respectivas Assembleias Estaduais. Em resposta à reação do Congresso, este foi fechado por 30 dias em outubro. Em seguida, foi reconvocado pelo Ato nº 4 e pressionado a aprovar uma nova Constituição, que institucionalizou o Regime Militar.
Em 1967, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Rubens Assumpção Batalha
Vice-presidente: Albino Leme do Prado
Secretário: Lauro Sotto
Tesoureiro: Antonio Sansivieri
Patrimônio: Cléber Souza Cotrofe
Esportes: Osmarino Antunes
Social: Nestor Toffoli
Bibliotecário: Walter Toni
Cléber Souza Cotrofe saiu do cargo de Patrimônio, sendo substituído por Raul Vasconcellos de Menezes. Neste ano, foi lançado o 1º Plano de Automóveis da AABB-Santos, organizado por Rubens Assumpção Batalha, José Paulo Mauá e Clóvis Marques, e depois substituído por Hélios Grecco. A adesão ao plano foi tão grande que Raul Vasconcellos de Menezes já se preparava para organizar o 2º Plano.
Brasil – 1967: A partir de fevereiro, foi implantada a nova moeda, o cruzeiro novo, e os centavos foram reintroduzidos. O NCr$ 1,00 passou a valer Cr$ 1.000 antigos. O general Artur da Costa e Silva, ministro do Exército, assumiu a presidência, eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. O Brasil, vivendo a época do milagre econômico, registrou um grande crescimento e investimentos pesados em infraestrutura, como rodovias, ferrovias, portos e usinas hidrelétricas.
Em Santos, no dia 9 de janeiro de 1967, ocorreu a explosão do Gasômetro, na Rua Marechal Pego Júnior, deixando 300 feridos e gerando pânico na cidade.
Em 1968, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Raul Vasconcellos Menezes
Vice-presidente: Nilton Fonseca Pereira
Secretário: Celso Lobo
Tesoureiro: Antonio Sansivieri
Patrimônio: Orlando Escobar Borges
Esportes: Lauro José Farinas
Social: Odair Cunha de Araújo
Barraca: Hamilton Ramos Linden
A AABB apresentou uma proposta para a compra do imóvel à Rua Bahia nº 109, com um terreno de 13,5 x 40 m, por NCr$ 100.000,00. Como a Direção Geral negou a antecipação das cotas patronais, foram apresentadas três alternativas para a aquisição do imóvel:
Além disso, a AABB cedia água mineral para os setores administrativos do Banco do Brasil, já que não havia verba disponível para isso, e o Banco, por sua vez, doava as sobras de café à AABB. Esse acordo foi rompido quando surgiram divergências, e o Banco passou a distribuir o café entre seus funcionários.
Em 1968, o salão de festas foi inaugurado com um coquetel e música ao vivo, ao som de Simonetti-Órgão e Conjunto.
Brasil – 1968: 68 municípios, incluindo todas as capitais, foram transformados em zonas de segurança nacional, com prefeitos nomeados pelo presidente. O Ato Institucional nº 5 foi decretado, fechando o Congresso e suspendendo o habeas-corpus, promovendo uma repressão política no país.
Em 1969, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Raul Vasconcellos Menezes
Vice-presidente: José Antonio Menezes
Secretário: Umberto Fernandes
Tesoureiro: Antonio Sansivieri
Patrimônio: José Orozimbo
Esportes: Paulo Alambert
Social: Odil Tessari
Bibliotecário: João Chrispiano
O Conselho Deliberativo foi composto por Ibrahim Cury, Diogo Nogueira Sampaio e Antonio Carlos Martinez. A AABB solicitou à Direção Geral NCr$ 40.000,00 para concluir as obras da sede social e adquirir a casa à Rua Bahia. Foram liberados apenas NCr$ 28.000,00 como antecipação das cotas patronais.
O escritório de Umberto Fernandes começou a executar os serviços de escrituração contábil da AABB.
Brasil – 1969: Costa e Silva, presidente do Brasil, foi paralisado por um derrame e deixou a presidência, sendo substituído temporariamente por uma junta formada pelos ministros militares Lyra Tavares, A. Rademakere e Márcio Mello. A Constituição foi reformada, dando plenos poderes ao presidente da República. O general Clóvis Bandeira Brasil foi nomeado prefeito de Santos pelo presidente da República.
Num aniversário da AABB, sua equipe feminina disputou com a do Santos F.C.
Imagem enviada a Novo Milênio pelo internauta Ary O. Cellio
Em 1970, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Raul Vasconcellos Menezes
Vice-presidente: José Antonio Menezes
Secretário: Umberto Fernandes
Tesoureiro: Antonio Sansivieri
Patrimônio: José Carlos Barroso
Esportes: Gilson Nunes M. Pereira
Social: Odil Tessari
Barraca: Nilo Lopes
Na casa voltada para a Rua Bahia, adquirida por meio do aumento das mensalidades, foi criada a escola de Jardim da Infância para os filhos dos associados, chamada “O Peralta”. O Conselho Deliberativo era composto por Matteo Coscia, Carlos Augusto Siqueira da Cunha e Rubens Cabral.
Brasil – 1970: A moeda brasileira sofreu nova alteração, com o Cr$ 1,00 valendo NCr$ 1,00 a partir de junho. Emílio Garrastazu Médici, general gaúcho, foi escolhido presidente, dando início ao período mais brutal da ditadura militar, conhecido como “anos negros” ou “anos de chumbo”. O regime impôs censura à imprensa, perseguiu movimentos estudantis e sindicais, e expandiu os centros de tortura ligados ao DOI-Codi. O governo iniciou projetos faraônicos, como a rodovia Transamazônica, e inaugurou a maior refinaria de petróleo do país, em Paulínia (SP). A população de Santos chegou a 342.000 habitantes.
Em 1971, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Raul Vasconcellos Menezes
Vice-presidente: Antonio Sansivieri
Secretário: Octávio Muneyuke Arata
Tesoureiro: Nilton Fonseca Pereira
Patrimônio: Amílcar de Andrade
Esportes: Gilson Nunes M. Pereira
Social: Nestor Toffoli
Barraca: Nilo Lopes
A discussão sobre a construção da piscina foi reaberta. O vão destinado à piscina ainda estava no projeto, e havia acaloradas discussões sobre se deveria ser fechado para o futuro aproveitamento da área ou se a piscina deveria ser realmente construída. O Conselho Deliberativo, composto por Matteo Coscia, Paulo Alambert e Aristides José de Carvalho, resolveu autorizar a admissão como sócios de parentes de associados até o 2º grau.
Brasil – 1971: Com o slogan “Brasil, Ame-o ou Deixe-o”, o governo de Emílio Médici adotou o “milagre econômico”, com um crescimento do PIB a uma média de 11,2% ao ano e uma inflação controlada em 18%. No entanto, os índices de educação e saúde continuaram baixos, e a concentração de renda aumentou significativamente.
Obras de edificação da sede da AABB (data não determinada)
Imagem enviada a Novo Milênio pelo internauta Ary O. Cellio
Em 1972, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Diogo Nogueira Sampaio
Vice-presidente: Elias Jorge Afeche
Secretário: Nilton Fonseca Pereira
Tesoureiro: Roberto Silvestre Ameleto
Patrimônio: José Rodrigues Filho
Esportes: Paulo Alambert
Social: Rubens Jesus Rodrigues
Barraca: Aristides José de Carvalho
De acordo com a Secretaria de Higiene da Prefeitura Municipal de Santos, foi retirado o vestiário da barraca de praia. O colégio “O Peralta” também foi fechado. Em 1972, foi comunicada a aquisição de imóvel à Rua Bahia nº 101, por Cr$ 90.000,00, com R$ 18 mil de entrada e mais 12 prestações mensais de Cr$ 6.000,00. A planta de conclusão das obras da sede social foi mostrada, com o fechamento do vão destinado à piscina.
A AABB passou a dispor de serviços de barbeiro e manicura na sede, com preços mais baixos que os da concorrência.
Brasil – 1972: O ano foi marcado por seqüestros políticos, prisões e mortes, com ações repressivas atingindo figuras como o cônsul do Japão em São Paulo, Nodôo Okuchi, e o embaixador alemão Ehrenfried von Hollebe. Vários militantes de oposição, como Carlos Marighela e Carlos Lamarca, foram mortos pelos órgãos de repressão.
Em 1973, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Diogo Nogueira Sampaio
Vice-presidente: Elias Jorge Afeche
Secretário: Edgard Ferreira
Tesoureiro: Roberto Silvestre Ameleto
Patrimônio: José Orozimbo
Esportes: Paulo Alambert
Social: Rubens Jesus Rodrigues
Bibliotecário: Hélio Simão
O Conselho Deliberativo foi composto por Ibrahim Cury, Antonio Marques de Oliveira e Frederico Guilherme Serra. A AABB contava com 470 AABBs em operação, com os auxílios do Banco regulamentados pelos avisos-circulares 5.660 e 4.707, que eram equivalentes ao total das mensalidades dos associados.
Foi aprovado um voto de pesar pelo falecimento de Raul Vasconcellos Menezes, que faleceu durante um assalto a supermercado em São Paulo.
Brasil – 1973: O ex-deputado federal Rubens Paiva foi preso em sua casa, no Rio de Janeiro, e entrou para a lista dos desaparecidos. Mais tarde, foi confirmado que ele morrera sob tortura nas celas do DOI-Codi, sendo enterrado clandestinamente. A oposição lançou a anticandidatura de Ulysses Guimarães para a presidência, com Barbosa Lima Sobrinho como vice.
Em 1974, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Antonio Alonso Medina
Vice-presidente: Alberto Ferreira
Secretário: Ayrton Rocha Lima Filetti
Tesoureiro: Tarcísio José M. Ferreira
Patrimônio: Antonio Sansivieri
Esportes: José Roberto Alves Moura
Social: Graciliano Pinheiro Filho
Cultural: Antonio Datti Salim
Amiz da Silva substituiu Tarcísio José M. Ferreira, e Antonio Datti assumiu a vice-presidência, devido à transferência de Alberto Ferreira para o Banco Central em São Paulo. Foi indicado Arthur Berjon, um antigo conhecedor dos assuntos do clube, para ser o administrador da sede. Também foram contratadas funcionárias para atender à Secretaria e à Biblioteca.
Brasil – 1974: O general Ernesto Geisel assumiu a presidência, escolhido pelo Colégio Eleitoral. O país enfrentava dificuldades que indicavam o fim do milagre econômico, com dívida externa alta, inflação e a crise internacional do petróleo. Esse cenário ameaçou a estabilidade do Regime Militar, e a abertura política lenta, gradual e segura foi iniciada. O prefeito de Santos, nomeado pelo governador do estado, foi Antonio Manoel de Carvalho.
Em 1975, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Odil Tessari
Vice-presidente: Douglas Bornir
Secretário: Ayrton Rocha Lima Filetti
Tesoureiro: Antonio Sansivieri
Patrimônio: Alfredo José da Motta
Esportes: Antonio Carlos F. Hess
Social: Edgard Mendes Baptista Jr.
Cultural: Solange Moraes de Araújo
Iniciaram-se os estudos para a construção da piscina e de um ginásio coberto, ambos localizados nos terrenos voltados para a Rua Bahia. A AABB também assumiu a programação dos festejos comemorativos do aniversário da agência de Santos do Banco do Brasil, que incluíam sorteios de televisores, rádios e outros prêmios, além de salgados e bebidas. O Banco estava crescendo, assim como as AABBs, que já totalizavam 1.250 unidades.
Brasil – 1975: A linha dura do Regime Militar desencadeou uma onda repressiva contra militantes e simpatizantes do PCB, culminando com o assassinato do jornalista Wladimir Herzog, em uma sala do DOI-Codi do 2º Exército. A versão oficial foi de suicídio, mas a morte gerou grande indignação, especialmente na classe média e na Igreja. A população de Santos era de 375.000 habitantes.
Em 1976, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Mário Fernandes Gomes
Vice-presidente: Antonio Sansivieri
Secretário: Antonio Lopes Ferrão
Tesoureiro: Hélio Gomes
Patrimônio: Nélson Ferreira
Esportes: Ednaldo Néri de Lima
Social: Manoel Carrera
Cultural: Davi de Araújo
A AABB realizou o I Mini-Open de Xadrez, patrocinado pela AABB de Santos. O torneio, considerado o maior da cidade, contou com a participação de 300 enxadristas de todo o Brasil. A Prefeitura de Santos forneceu 44 alojamentos e 140 camas para os participantes, e os resultados do torneio foram obtidos por meio de computador, gentilmente cedido pelos Supermercados Peralta de Cubatão.
Brasil – 1976: Geisel promulgou a Lei Falcão, que impôs restrições ao debate político nos meios de comunicação, refletindo o crescimento da oposição em 1974. O operário Manuel Fiel Filho foi morto em circunstâncias semelhantes às de Wladimir Herzog, e mais uma vez a versão oficial foi de suicídio. Geisel, descontente com a repressão, começou a estabelecer pontos de contato com a sociedade e cessou as torturas nos DOI-Codi, mas a violência da linha dura continuou.
Em 1977, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Antonio Sansivieri
Vice-presidente: Antonio Carlos Fernandes Hess
Secretário: Antonio Marques F. Neves
Tesoureiro: Paulo Roberto Littig
Patrimônio: Ronaldo Romano
Esportes: Clóvis Marques
Social: Edgard Mendes Baptista Júnior
Cultural: Luiz Álvaro F. Almeida
As programações sociais no salão superior foram interrompidas devido à troca da cobertura da sede. Condicionadores de ar seriam instalados nas salas da diretoria, do xadrez e da biblioteca. Em 1977, foi realizado o II Open de Xadrez, que contou com a participação de 380 jogadores, um recorde de comparecimento que ainda não foi igualado até hoje.
A AABB também começou a administrar o restaurante localizado no 10º andar da agência de Santos do Banco do Brasil. Estudava-se a aquisição de um mimeógrafo. À medida que as AABBs se tornaram empresas de porte razoável, foi necessário um gerenciamento mais próximo. Como resposta, o Banco liberou um diretor (no caso, o presidente) de seus serviços para dedicar-se tempo integral ao clube, pagando-lhe também uma comissão de Chefe de Supervisores.
Brasil – 1977: Em abril, o Congresso foi colocado em recesso por duas semanas e foi promulgado o “pacote de abril”, alterando as regras eleitorais para garantir a maioria do partido governista, a Arena. Foi criado o “senador biônico”, eleito indiretamente pelas Assembleias estaduais, e o mandato presidencial foi estendido de 5 para 6 anos. Em setembro, a PM, sob a liderança do coronel Erasmo Dias, invadiu violentamente a Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, com o objetivo de impedir a reorganização da União Nacional dos Estudantes (UNE), que estava na ilegalidade.
Em 1978, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Luiz Fernando Moran
Vice-presidente: Flávio Figueiredo
Secretário: James Law Pereira Filho
Tesoureiro: Nélson Dias
Patrimônio: Vanderlice Soares de Andrade
Esportes: Lourival de Abreu
Cultural: Washington Luiz Carregosa
Ireno José Santos assumiu o cargo de Patrimônio, substituindo Vanderlice Soares de Andrade. Continuavam as obras de reconstrução do telhado da sede, e eram solicitados orçamentos para a construção da piscina e da quadra de esportes. Para esse projeto, iniciava-se a demolição das casas na Rua Bahia. A saúde do presidente Luiz Fernando Moran se deteriorava, e ele foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde viria a falecer.
O Conselho Deliberativo era composto por Décio Alberto Simão, Tarcísio José Marques Ferreira e Vânia Maria G. Araújo Pinto.
Brasil – 1978: A Emenda Constitucional aboliu o AI-5, restaurando o habeas-corpus, devolvendo os direitos políticos aos cidadãos e acabando com a censura prévia a publicações e espetáculos. Esse movimento abriu caminho para a esperada normalização política do país, permitindo que o MDB voltasse a ganhar eleições. O governo, no entanto, enfrentava os efeitos da crise do petróleo, da recessão internacional e do aumento da taxa de juros, o que colocou a dívida externa em patamar crítico. Os sindicatos começaram a se reorganizar, e Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, liderou a 1ª greve desde 1964.
Em 1979/1980, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Nilo Lopes
Vice-presidente: Antonio Sansivieri
Secretária: Maria A. P. Oliveira
Tesoureiro: Osmar Lopes
Esportes: Lauro Leite Soares Júnior
Social: José Alberto Ribeiro
Além disso, faleceu Carivaldo Felix de Oliveira, zelador da sede, que havia sido admitido em outubro de 1959, e o concessionário do restaurante da agência de Santos do Banco do Brasil foi afastado.
Brasil – 1979/1980: O general João Baptista de Oliveira Figueiredo assumiu a presidência da República e sancionou uma lei de anistia que concedeu perdão aos acusados ou condenados por crimes políticos. Isso permitiu o retorno de centenas de exilados ao país. Foi restabelecido o pluripartidarismo, com a transformação da Arena no PDS e o MDB no PMDB. O país assistia ao crescimento das greves e dos movimentos de protesto. Os prefeitos nomeados para Santos foram Carlos Caldeira (maio/1979 a janeiro/1980) e Paulo Gomes Barbosa (janeiro/1980 a agosto/1984). A população de Santos era de 410.000 habitantes.
Em 1981/1982, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Antonio Sansivieri
Vice-presidente: Antonio de Paula Souza
Secretário: Josimar Ramos de Oliveira
Financeiro: Osmar Lopes
Patrimônio: Antonio Paula Souza
Esportes: Cláudio Toledo Moraes
Social: Manoel Carrera
Barraca: Arnaldo Pereira da Silva
Depto. Feminino: Maria Fátima O. Caseri
Relações Públicas: Ednaldo N. Lima
Antonio Taveira substituiu Cláudio Toledo Moraes no Departamento de Esportes, e como homenagem a Nilo Lopes e Luiz Fernando Moran, seus nomes seriam colocados nos conjuntos que formariam o futuro complexo esportivo. A conclusão da construção da piscina passou a ser responsabilidade da AABB, devido à falência da empresa que havia vencido a concorrência original.
Em novembro de 1982, Antonio Paula Souza foi efetivado como presidente, após o falecimento repentino de Antonio Sansivieri, que foi acometido por problemas cardíacos. A sala da presidência passou a ser chamada de “Sala Antonio Sansivieri”, em homenagem a esse grande abebeano.
Brasil – 1981/1982: Os militares da linha dura tentaram barrar a distensão política, e ocorreram cartas-bombas em diversas instituições democráticas. O episódio mais grave foi o atentado terrorista no centro de convenções Riocentro, no Rio de Janeiro, em 30 de abril. Uma bomba explodiu no interior de um carro, matando um sargento. Embora as evidências apontassem para a participação de militares, o governo não admitiu a envolvimento militar no atentado.
Em 1983/1984, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Antonio de Paula Souza
Vice-presidente: Milton Affonso dos Santos
Secretário: Ademir Carrião José
Financeiro: Walmir A. D’Antonio
Patrimônio: Humberto J. F. Neves
Esportes: Lauro Soares Leite Jr.
Social: Ednaldo Néri de Lima
O Conselho Deliberativo era composto por Frederico Guilherme Serra, Milton Tavares de Oliveira e Arany Pinto Ribeiro. No Departamento Social, Ednaldo Néri de Lima foi substituído por Manoel Carrera, que também foi substituído por Odair Cunha de Araújo.
Foram iniciados entendimentos com a Direção Geral para o adiantamento de recursos para a aquisição do sobrado nos fundos da AABB, visando a construção de um ginásio coberto. A AABB enfatizou a necessidade de uma publicação para preservar a memória do clube, já que a Revista da AABB havia sido extinta em 1972.
Brasil – 1983/1984: O movimento por eleições diretas para a presidência da República ganhou força, com grandes comícios e o slogan “Diretas-Já”. A emenda constitucional apresentada por Dante de Oliveira foi rejeitada, mantendo a eleição do presidente nas mãos do Colégio Eleitoral. O candidato do PDS foi Paulo Maluf, enquanto o PMDB escolheu Tancredo Neves. Santos já havia eleito Oswaldo Justo como prefeito.
Em 1985/1986, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Odair Cunha de Araújo
Vice-presidente: Severino Aguiar
Secretário: Aristides J. Carvalho
Financeiro: Walmir A. D’Antonio
Patrimônio: Humberto José F. Neves
Esportes: Marcos Bessa Nisti
Social: Manoel Carrera
Cultural: Luiz Carlos Peres
Barraca: Luiz Álvaro F. Almeida
Aposentados: Marcelo O. Fonseca
Os presidentes da Diretoria, Odair Cunha de Araújo, e do Conselho Deliberativo, Diogo Nogueira Sampaio, viajaram a Brasília para tratar da aquisição do imóvel da Rua Bahia nº 111, adjacente à AABB. A diferença entre o empréstimo da Direção Geral (Cr$ 220.000,00) e o valor do imóvel (Cr$ 250.000,00, mais Cr$ 25.000,00 de despesas com escritura) seria coberta pelo aumento das mensalidades.
A AABB participou pela primeira vez do Carnaval de Areia, concurso realizado entre as barracas de praia. Com o enredo e música elaborados por Luiz Álvaro Ferreira de Almeida e fantasias feitas por Antonio Carlos Pinto Nogueira e Lourival de Abreu, a AABB obteve o 2º lugar no concurso.
Brasil – 1985/1986: Em março de 1986, entrou em vigor o Cruzado, substituindo o cruzeiro, com Cz$ 1,00 = Cr$ 1.000,00. Tancredo Neves foi eleito presidente da República pelo Colégio Eleitoral, mas faleceu em 21 de abril de 1985, antes de tomar posse. O vice-presidente José Sarney assumiu de forma definitiva. Durante seu governo, foi lançado o Plano Cruzado para combater a inflação, que havia atingido 233% ao ano em 1985. Até o fim do mandato, o governo Sarney lançou mais três planos de estabilização, que não atingiram o resultado esperado.
Em 1987/1989, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Orlando Escobar Borges
Vice-presidente: Antonio Paula Souza
Secretária: Celisa A. S. G. Laponte
Financeiro: Léo Ribeiro
Cultural: Marcos A. Santana
Esportes: Renato Arruda Brigagão
Social: Emanoel Alonso Domingues
Barraca: Luiz Antonio Gomes Pinto
De acordo com os novos Estatutos, unificados pela Direção Geral, os mandatos passaram a ser de três anos. Durante esse período, Renato Arruda Brigagão, Emanoel Alonso Domingues e Celisa A. S. G. Laponte deixaram a diretoria, sendo substituídos por Marcos Bessa Nisti, Flávio Elias Manso e Aristides José de Carvalho.
A AABB passou a ser mais integrada à Federação Nacional das AABBs (Fenab), criando também os Conselhos Estaduais de AABBs (Cesab). Em maio de 1988, a AABB-Santos venceu um concurso nacional para a criação de um novo logotipo, substituindo o antigo com quatro letras circundadas e entrelaçadas.
O atleta Fábio Goulart, campeão brasileiro de taekwondo, foi patrocinado pela AABB para disputar o campeonato mundial de taekwondo na Inglaterra, com o logotipo da AABB pintado no quimono, nas mangas, no peito e nas costas.
Brasil – 1987/1989: A moeda brasileira perdeu mais três zeros, surgindo o Novo Cruzado (NCz$), com Cz$ 1.000,00 passando a ser igual a NCz$ 1,00. Em fevereiro, os deputados federais e senadores reuniram-se como Assembleia Geral Constituinte, e em outubro de 1988, foi promulgada a nova Constituição. Durante a elaboração, uma dissidência do PMDB formou o PSDB, com um programa reformista. Em 1989, ocorreram as primeiras eleições diretas para a presidência da República desde 1960, com Fernando Collor de Mello, ex-governador de Alagoas, vencendo Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, no 2º turno. As eleições diretas para a prefeitura de Santos foram vencidas por Telma de Souza.
Em 1990/1992, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Luiz Álvaro F. Almeida
Vice-presidente: Aristides José de Carvalho
Secretário: Antonio Alonso Medina
Financeiro: Lourival de Abreu
Cultural: Marcos A. Santana
Esportes: Lauro Leite Soares Jr.
Social: Marcos Bessa Nisti
Patrimônio: Mário B. F. Andrade
Foi autorizado o aumento de 100% nas mensalidades para enfrentar os problemas financeiros do clube, principalmente devido ao bloqueio das contas bancárias da AABB pelo Plano Econômico Brasil Novo. O presidente do Conselho Deliberativo era Aécio de Oliveira Paes Leme. Após a finalização do piso e a instalação de 18 holofotes, foi realizada a inauguração da quadra de esportes.
Entretanto, a AABB enfrentou uma grande perda em sua arrecadação, que caiu pela metade, devido ao decreto 99.509, de 5/9/1990, que impediu que as sociedades de economia mista pagassem vantagens pecuniárias a clubes que congregassem servidores e seus familiares. Para contornar a situação financeira, a AABB decidiu alugar a parte superior de sua sede social para um restaurante.
Brasil – 1990/1992: Em 1990, foi lançado o Plano Collor, com medidas drásticas como o confisco monetário de contas correntes e poupanças e o congelamento de preços e salários. O plano abriu caminho para uma grande recessão. Em meio a isso, o irmão do presidente Fernando Collor, Pedro Collor, denunciou o tesoureiro da campanha, Paulo César Farias, por irregularidades financeiras, com o conhecimento do presidente. Uma CPI foi instaurada para investigar o escândalo, e com o processo de impedimento aprovado, Fernando Collor foi afastado da presidência, assumindo interinamente o vice-presidente Itamar Franco. Em dezembro de 1992, Fernando Collor renunciou momentos antes de o Senado destituí-lo de suas funções.
Em 1993/1995, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Luiz Álvaro F. Almeida
Vice-presidente: Salete Rocha D. Domingos
Financeiro: Lourival de Abreu
Esportes: Antonio Taveira
O presidente do Conselho Deliberativo era Eduardo Rodrigues Soares. Em julho de 1995, Luiz Álvaro Ferreira de Almeida saiu do Banco através de um Plano de Demissão Voluntária, e consequentemente, também deixou a AABB, sendo substituído por Salete Rocha D. Domingos, com Antonio Taveira assumindo como vice. Com isso, a cessão de funcionários foi interpretada como uma vantagem pecuniária, e essa regalia foi extinta. O presidente, portanto, precisaria se dedicar integralmente ao Banco e, nas horas vagas, gerir a AABB. Este foi mais um desafio difícil para a AABB, já que não havia quem se dispusesse a trabalhar no Banco em regime de 8 horas diárias e, ao mesmo tempo, administrar o clube.
Brasil – 1993/1995: Em agosto de 1993, a moeda brasileira, com o nome de Cruzeiro Real, perdeu mais três zeros, sendo CR$ 1,00 = Cr$ 1.000,00. Em julho de 1994, o Real foi lançado, com a conversão de R$ 1,00 = CR$ 2.750,00. Em julho de 1994, o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, lançou o Plano Real, com o objetivo de estabilizar a economia. Durante seu governo, o processo de privatização das estatais foi acelerado. Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente da República pelo PSDB, derrotando Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, já no 1º turno. As eleições diretas para a prefeitura de Santos foram vencidas por David Capistrano Filho.
Em 1996/1998, a diretoria da AABB foi composta por:
Presidente: Luiz Antonio Gomes Pinto
Vice-presidente: Eduardo Rodrigues Soares
Financeiro: Arany Pinto Ribeiro
Patrimônio: Rubens Bergamin Furlan
Esportes: Cláudio Toledo Moraes
Social: Maria Helena S. Silveira
Cultural: Salete R. D. Domingos
Aposentados: Homero L. Bonfim
O presidente do Conselho Deliberativo era Antonio Carlos Daud. Em setembro de 1997, devido a problemas de saúde, Luiz Antonio Gomes Pinto deixou o cargo. Após uma rápida transição, e considerando que o vice-presidente, devido a compromissos pessoais, não assumiria a presidência, uma nova diretoria foi formada, composta por:
Presidente: Antonio Carlos Daud
Financeiro: Jurandir M. Oliveira
Esportes: Rubens Bergamin Furlan
Social: Maria Helena S. Silveira
Cultural: Jacirema Santana Alves
Em setembro de 1998, a diretoria entregou seu mandato, e uma nova diretoria foi formada, composta por:
Presidente: Sílvio Spera
Vice-presidente: Ézio Bresciani
Financeiro: Douglas Bornir
Patrimônio: Jurandir M. Oliveira
Esportes: Cláudio Toledo Moraes
Social: Edélcia Leandro Alonso
Cultural: Jacirema Santana Alves
Brasil – 1996/1998: O monopólio do petróleo, das telecomunicações, do gás canalizado e da navegação de cabotagem terminou, e a Cia. Vale do Rio Doce foi privatizada. O governo se concentrou em aprovar a emenda constitucional que permitiria a reeleição dos ocupantes de cargos executivos. Fernando Henrique Cardoso foi reeleito para um novo mandato de 4 anos e tomou medidas duras para enfrentar a crise econômica que se aprofundou no final de seu primeiro mandato. Beto Mansur foi reeleito prefeito de Santos.
Em 1999/2001, o presidente do Conselho Deliberativo era Osni Fleming Dias. Após várias assembleias sem a indicação de nomes para a nova diretoria, Sílvio Spera foi mantido na presidência. A diretoria formada foi composta por:
Presidente: Sílvio Spera
Vice-presidente: Ézio Bresciani
Financeiro: Álvaro Vieira Portella
Social: Maria Inês M. Adurens
Cultural: José Eduardo O. Maradei
Aposentados: Douglas Bornir
A AABB enfrentou problemas financeiros adicionais quando o concessionário do restaurante deixou de pagar os aluguéis mensais e as despesas com energia e água. Como resultado, o clube foi obrigado a mover uma ação de despejo por falta de pagamento, cuja resolução ocorreu somente após 14 meses.
Brasil – 1999/2001: A moeda brasileira sofreu fortes ataques especulativos, que reduziram as reservas do país em US$ 40 bilhões. O governo foi forçado a abandonar sua política cambial e permitir a livre flutuação do Real. Setores como siderúrgico, petroquímico, informática e serviços públicos (como eletricidade, telecomunicações, transporte e saneamento) passaram a ser explorados pelo capital privado, em muitos casos transnacional. As eleições realizadas em todo o país registraram um crescimento da oposição, que venceu em 12 das 26 capitais. O Brasil também comemorou os 500 anos do Descobrimento, organizando a Mostra do Redescobrimento do Brasil + 500, a maior exposição de artes plásticas já realizada no país.
Em 2002/2004, a diretoria da AABB foi composta por:
Num acordo de cavalheiros, o mandato de Sílvio Spera foi prorrogado até setembro de 2002, pois, após várias assembleias, não surgiram nomes para gerir a Associação. Por interferência do superintendente regional da Baixada Santista, que assumiu a responsabilidade de superar os problemas de representatividade, foi formado o Conselho Deliberativo, composto por 12 gerentes de agências da Baixada e oito membros indicados pela Assembleia Geral Extraordinária, sob a presidência de Antonio Carlos Daud.
A nova composição do Conselho Administrativo foi a seguinte:
Presidente: Ocimar Tadeu Fernandes
Vice-presidente: Lauro Leite Soares
Financeiro: Luiz Monteiro Guimarães
Cultural: Lilian Gladys S. Carvalho
Esportes: Edgard Travesso Ferreira
Social: Sônia Lúcia Brunetti Cassis
Patrimônio: Allan Eric Jepsen
Aposentados: Salete R. D. Domingos
Em outubro de 2003, devido a impossibilidade de exercer suas funções no Banco, Ocimar Tadeu Fernandes deixou a presidência do clube, o que levou à renúncia de toda a diretoria. A partir de 15 de dezembro de 2003, uma nova diretoria assumiu a gestão da AABB, composta por:
Presidente: Sônia Lúcia Brunetti
Vice-presidente: Rosana Freitas De Gregório
Financeiro: Jane Teixeira C. Ota
Cultural: Sandra C. Petri
Esportes: Cláudio Toledo Moraes
Social: Reginaldo Fonseca da Costa
Patrimônio: Frederico G. Serra
Aposentados: Sônia Leandro Nogueira
Brasil – 2002/2004: Uma crise energética levou o governo a implementar o Plano de Racionamento de Energia Elétrica, obrigando a população a reduzir o consumo de energia em 20% em relação à média dos três meses anteriores. Quem não cumprisse os limites estava sujeito a corte no fornecimento. As crises econômicas da Argentina e a crise energética provocaram um forte impacto no PIB brasileiro, que, inicialmente projetado para crescer 4,5% em relação ao ano anterior, acabou ficando em cerca de 2,5%.
Em 2003, tomou posse o novo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito democraticamente, enquanto lideranças partidárias de esquerda, ONGs e representantes de 122 países participaram do Fórum Social Mundial (FSM), realizado no Rio Grande do Sul, com o objetivo de debater alternativas ao neoliberalismo e à globalização.
Sete décadas se passaram. Conduzida por três gerações de funcionários, a AABB-Santos chega, incólume, aos dias atuais. Pela leitura de sua história, vê-se que o clube atravessou duas fases distintas: uma, da fundação até os fins da década de 80, pode ser rotulada como os anos de ouro. Foram anos de grandes eventos, melhoramentos na sede social, ingresso de novos associados dos quadros do Banco e até eleições disputadíssimas para a presidência, com duas e até três chapas inscritas.
A partir daí, começaram os anos de bronze: a inflação incontrolável, as altas taxas de juros e o desemprego levaram o país à recessão, e as indústrias, os bancos e a sociedade em geral foram obrigados a rever seus conceitos. A nova ordem econômica era (e ainda é) arrecadar cada vez mais – gerando altos lucros – e gastar cada vez menos.
Assim, o Banco cortou a subvenção que dava ao clube e, depois, deixou de ceder um funcionário para gerir a Associação de perto, entregando-a à própria sorte. Até a preservação do nome do Banco, umbilicalmente vinculado às suas entidades, foi deixada de lado. Alie-se a isso o fato de que os novos funcionários começaram a ser admitidos com salários mais baixos, o que os levou a abdicar da filiação ao clube.
Com perto de 500 associados, dos quais 90% são aposentados, a AABB vai caminhando sem um horizonte claro. As diretorias, todas elas com dedicação extraordinária ao clube, esbarram sempre na crônica falta de recursos financeiros. A sede social, um prédio de 50 anos, de caríssima manutenção, também consome os poucos recursos disponíveis. E assim vai o clube, caminhando de lado, a passos lentos.
Faz-se necessária uma diretoria que sacuda as atuais estruturas. A diretoria que tomou posse em dezembro de 2003, quase que exclusivamente composta por elementos do sexo feminino, a começar pela presidenta, chega imbuída dos melhores propósitos. Que Deus os ilumine para levar a AABB-Santos ao lugar de honra que sempre teve junto aos clubes da cidade.
Junho de 2004.
Douglas Bornir
Nota Editorial: O relato de Douglas Bornir termina em 2004, mas o clube continua em sua trajetória, sendo dirigido por:
Empossada em 6 de setembro de 2005, a Diretoria para o triênio de 2005/2008 tem a seguinte composição:
Presidente: Reginaldo Fonseca Costa
Vice-presidente: Otávio Gali Rosa
Financeiro: Ézio Bresciani
Social: Marcelo César Mantovani
Esportes: Edgard Mendes Baptista Júnior
Cultural: Faustino Luiz Correa
Suplente: Frederico Guilherme Serra
Suplente: Laércio Ranieri.
Em março de 2006, saem Ézio Bresciani (substituído por Marcelo César Mantovani), Edgard Mendes Baptista Júnior (substituído por Laércio Ranieri) e Frederico Guilherme Serra, e em dezembro de 2007 assume Ary Oduvaldo Céllio como Diretor de Patrimônio.
Com a obtenção de empréstimo junto à FENABB (Federação Nacional das AABBs), são reparados o forro da sala de musculação, a cantina, a cobertura da Sede e do vestiário das piscinas.
Brasil – Luiz Alonso Lula da Silva é re-eleito em outubro de 2006 e lança, em janeiro de 2007, o PAC (Plano de Aceleração de Crescimento), que engloba políticas econômicas planejadas para os 4 anos seguintes, prevendo investimentos em infra-estrutura num total de Cr$ 500 bilhões até 2010. No pior acidente da aviação brasileira, um Airbus-320, da TAM (Transportes Aéreos Marília) cai no Aeroporto de Congonhas, matando 186 pessoas. Por outro lado, a Petrobrás anuncia a descoberta de bacia gigante de petróleo e gás no litoral de Santos, estimado em seis bilhões de barris, transformando o Brasil numa nação exportadora de petróleo. Em 2008, a BOVESPA (Bolsa de Valores de São Paulo) funde-se com BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Em 18 de junho, comemoraram-se os 100 anos da imigração japonesa no Brasil.
Composição inicial:
Presidente: Sônia Lucia Brunetti
Vice: Célia Cristina de Almeida Lima
Financeiro: Sônia Maria Darros Álvares
Social: Rosana Presa Sponton Ribeiro
Cultural: Célia Maria da Silva Rigotto
Esportes: Breno Luís de Granda Nunes
Suplentes: Luciano Cardoso Gomes e Faustino Luiz Corrêa
Em 17/08/2010, o Conselho Deliberativo aprovou nova composição do Conselho de Administração, com substituições nas áreas social, cultural, esportes e suplentes, respectivamente por:
Na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 06/08/2011, com a presença do Sr. Adilson Nascimento Ferreira, Superintendente Regional do Banco do Brasil, foi aprovado por 92 associados a troca da sede por uma edificação. Foi formada uma comissão para acompanhamento dos trabalhos, composta por:
Em 23/08/2011, foi eleito novo Conselho de Administração, composto por:
Presidente: Sonia Lucia Brunetti
Vice: Salete da Rocha D’Anuncio Domingues
Financeiro: Otavio Gali Rosa
Cultural: Mauro Passavais
Social: Edelcia Leandro Alonso
Esporte: Antônio Alves dos Santos
Suplentes: Gilca Coimbra Pinto e Célia Cristina de Almeida
Em 26/11/2011, Assembleia Geral Extraordinária aprovou, por unanimidade, o projeto apresentado pelas parcerias Construtora Vértice e AMC Holding para a nova sede, que inclui a agência do Banco do Brasil na Avenida Ana Costa e um edifício residencial na Rua Bahia.
A seguir foi apresentado o projeto com a sede da AABB e a agencia do Banco do Brasil localizadas na Avenida Ana Costa, e um edifício residencial na Rua Bahia.
No dia 01/05/2012 foi assinado contrato de locação com o Colégio São José, no valor de R$ 12.000,00 mensais, para uso da sede provisória até a conclusão do novo prédio. A mudança foi realizada em 21/07/2012.
Em 10/11/2012, em Assembleia Geral Extraordinária, foram referendadas alterações no projeto devido à promulgação da Lei Municipal que altera a política urbana de uso e ocupação do solo.
Em 14/11/2012, foi lavrada escritura de venda e compra, confissão de dívida, promessa de dação e fiança bancária entre a AABB-SANTOS e Serra do Mar Empreendimentos Imobiliários Ltda.
A AABB recebeu da construtora a parcela inicial de R$ 500.000,00, mais R$ 50.000,00 mensais até a entrega do novo prédio, além de R$ 1.500.000,00 para aquisição de móveis e equipamentos, a serem pagos em 10 parcelas mensais a partir do 12º mês após a entrega do prédio atual.
Durante a realização dos projetos e da obra, as arquitetas Paula e Katia, filhas do associado Raimundo, e o consultor técnico Gil de Paula auxiliaram na elaboração dos projetos para as melhores condições da nova sede.
Em 16/08/2014, em Assembleia Geral Ordinária, foi declarado vencedor, por aclamação, o novo Conselho de Administração composto por:
Presidente: Frederico Guilherme Serra
Vice: Willi Roberto Lassi
Financeiro: Marcilio Salgado Malheiros
Cultural: Rosana Freitas de Gregório
Social: Maria Cecilia Silva Lancia Santa Cruz
Esporte: Lauro Leite Soares Junior
Suplentes: Luiz Carlos Negrini Machado e Raimundo Pereira de Sousa Filho
Em 07/10/2015, com o pedido de demissão de Willi Roberto Lassi, foram empossados:
Vice-presidente Administrativo: Lauro Leite Soares Junior
Vice-presidente de Esportes: Raimundo Pereira de Sousa Filho
Em 26/10/2015, Assembleia Geral Extraordinária aprovou o novo Estatuto Social, incluindo novas categorias de associados.
Em 28/01/2016, foi assinado o Termo de Acordo com a Serra do Mar, com entrega de manuais, documentos e notas fiscais.
Em 01/02/2016, a AABB recebeu as chaves da nova sede, assinando no dia seguinte a escritura de dação em pagamento.
No dia 01/04/2016, a sede nova iniciou atendimento na recepção para interessados em conhecer as instalações.
A cerimônia de inauguração do novo prédio foi realizada em 10/05/2016, com cerca de 400 convidados, organizada pela ATRIUM e Buffet da Odilinha.
Em 01/06/2016, foram inauguradas as salas de carteado e sinuca. O primeiro evento no salão do terceiro andar foi a festa junina, em 02/07/2016.
Em 25/04/2017, Assembleia Geral Extraordinária aprovou o novo Estatuto Social, alterando o mandato dos membros dos Conselhos para quatro anos.
Na Assembleia Geral Ordinária de 23/11/2017, foi proclamada vencedora a chapa “azul e branco” para o mandato de quatro anos (01/01/2018 a 31/12/2021), com a seguinte composição:
Presidente: Frederico Guilherme Serra
Vice: Lauro Leite Soares Junior
Financeiro: Rosana Freitas de Gregório
Social e Cultural: Antônio Alves dos Santos
Esportes: Raimundo Pereira de Sousa Filho
Patrimonial: Valter Silvestre Martinho
Suplentes: Marcilio Salgado Malheiros e Célia Cristina de Almeida Lima
Durante o período de 19/03/2020 a 20/07/2020, o clube ficou fechado devido à pandemia do COVID-19, retomando as atividades de forma gradual.
O clube voltou a fechar conforme o Decreto 9.262, de 14/03/2021, reabrindo depois pelo Decreto 9.301, de 17/04/2021, com atividades físicas e esportivas individuais em dois períodos diários.
Em virtude do falecimento do presidente Frederico Guilherme Serra, em 11/05/2021, o Conselho de Administração foi recomposto, assumindo a presidência Lauro Leite Soares Junior, acumulando também o cargo de Vice-presidente Administrativo, conforme o artigo 19 do Estatuto Social.
Em 17/11/2021, na Assembleia Geral Ordinária, foi declarada a chapa “azul e branco” como única candidata para o mandato de 01/01/2022 a 31/12/2025, composta por:
Presidente: Lauro Leite Soares Junior
Vice: Valter Silvestre Martinho
Financeiro: Raimundo Pereira de Sousa Filho
Social e Cultural: Célia Cristina de Almeida Lima
Esportes: Antônio Alves dos Santos
Patrimonial: Katia Maria Pereira de Sousa
Suplentes: Maria Cecilia Silva Lancia Santa Cruz e Rosana Freitas de Gregório